- Juscelino Kubitscheck buscou a
industrialização através de forte participação do setor público. Fernando Collor, Fernando Henrique e Lula
buscaram a continuidade do desenvolvimento através de participação mínima do
Estado, acreditando que o setor privado seria capaz, por si só, proporcionar
esse desenvolvimento.
- Até a crise de 1929 a teoria dominante era
a teoria neoclássica, onde era recomendada uma participação mínima do
Estado. Com a crise econômica da época e
conseqüentes taxas de desemprego elevadas, foi desenvolvida uma política
econômica que afirmava o contrário. E a
partir daí, as políticas econômicas passaram a ser adotadas no sentido de haver
uma maior intervenção do Estado. Com as
crises inflacionárias a partir de 1970, retornou-se a visão neoclássica e a
recomendação da participação mínima do Estado voltou às pautas políticas, e
ganharam mais efeito a partir de 1990.
- Setor público engloba todos os
órgãos e empresas (industriais ou de serviços) pertencentes ao Estado.
- Na economia brasileira, o
setor público pode ser analisado como sendo o setor público não-financeiro mais
o Banco Central.
- O setor público não-financeiro leva em conta: todas as administrações diretas (Executivo)
exercidas pelos governos, nas esferas federal, estadual e municipal; as
administrações indiretas (como o Legislativo), também o federal, municipal e
estadual; o INSS – sistema público de previdência social; e as empresas
estatais não-financeiras também nos níveis federal, estadual e municipal.
- Setor público brasileiro – instituições não financeiras,
como INSS, e prefeitura
- Instituições financeiras: exemplo: Bancos, exceto Bacen,
CEF...
- Bens públicos: são os bens e serviços que o
mecanismo de mercado não consegue prover; são bens e serviços que o mecanismo
de mercado, por si só, é incapaz de fornecer, pois não consegue excluir o não
pagador).
- Uma das funções do governo é a função alocativa: é responsável por
fornecer bens públicos, exemplo a justiça, a segurança pública, a educação
pública, etc.
- Quanto mais produtos o país
estiver produzindo, mais fatores de produção esse país contratará e mais renda
terá a população desse país. Daí a
importância de buscar sempre o crescimento da produção do país, ou seja, o
crescimento econômico desse país.
- Entre as décadas de 1950 a 1970 as taxas de
crescimento do PIB foram em média bem expressivas, mas a miséria da população
não diminuiu. Isso se deu porque o país
cresceu, a renda total aumentou, mas essa renda não foi dividida de forma
igual, houve concentração de renda.
- Em relação a isso é que o
governo tem a função distributiva, pois ele pode fazer a redistribuição de
renda.
- O governo pode fazer a
redistribuição de renda utilizando as transferências, os tributos e os
subsídios, ele pode realizar essa função sim.
- Na função distributiva, quanto maior a produção do país, maior a renda
agregada da população. Se a produção
aumenta, a necessidade de contratar mais fatores de produção (trabalho, capital
e recursos naturais) também aumenta, ou seja, diminui o desemprego.
- Outra função do governo é a função estabilizadora. Em caso do país apresentar elevadas taxas de
desemprego, o governo deve intervir na economia com o objetivo de diminuir o
desemprego.
- Todas essas funções do governo
dependem da teoria econômica que está por trás da ação política adotada, que
diz se o Estado precisa intervir na economia, ou se essa intervenção deve ser a
mínima possível...
- A busca por uma menor participação
do Estado na economia também tem o objetivo de satisfazer a função
estabilizadora.
- O preço dos produtos
fabricados no país também têm uma importância muito grande para o Estado. Se ocorrer um aumento geral dos preços desses
produtos, o poder de compra da moeda emitida pelo governo é diminuído. Toda vez que há inflação, parte da população
perde poder de compra (fica mais pobre).
Isso refere-se a mais uma função
estabilizadora do governo: manter estável o nível de preços.
- Algumas recomendações que devem ser seguidas para que a estrutura
tributária não se torne injusta ou ineficiente: é recomendável tributar em
parcela maior o agente que ganha mais. Essa
forma de tentar tornar mais justo a estrutura tributária é chamada de princípio
da capacidade de pagamento;; cobrar impostos em conformidade com quem está
sendo mais beneficiado ou de quem poderia se beneficiar mais. Essa forma de tributação é chamada de
princípio do benefício;; a estrutura tributária deve ser organizada de forma a
não atrapalhar a alocação de recursos da economia. Essa forma de tributar é chamada de princípio
da neutralidade;; os tributos que o governo impõe à sociedade devem ser de
fácil arrecadação. Essa forma de
tributar é chamada de princípio da simplicidade.
- Tipos de impostos: impostos diretos (são cobrados
diretamente de quem está pagando, é cobrado na finte emissora do tributo, como
IRRF) e impostos indiretos (incidem sobre bens e serviços e não são
cobrados diretamente da fonte pagadora, mas sim sobre um produto consumido,
como ICMS e IPI). Além dos impostos,
existem as contribuições e outras formas de arrecadação, como as taxas
(taxa de incêndio, por exemplo).
- O governo realiza seus gastos
comprando bens e serviços produzidos na sociedade e/ou pagando seus funcionários,
e/ou transferindo renda e/ou dando subsídios.
- Os bens e serviços podem ser divididos em bens e
serviços de consumo, bens e serviços intermediários e bens de capital. Quando o governo compra a merenda da escola,
os remédios do hospital, o material do escritório para o Executivo, ele compra
bens de consumo. Quando a Petrobrás
compra algum insumo para ajudar na produção do petróleo, está comprando um bem
intermediário (matéria-prima). Quando o
governo constrói um hospital, uma estrada, uma escola, uma plataforma de
petróleo, ele está comprando bem de capital, isto é, está criando estruturas de
funcionamento a sociedade para períodos seguintes.
- Os gastos realizados nas
compras de bens e serviços de consumo e intermediários são chamados gastos correntes ou de custeios. Os gastos realizados na compra de bens de
capital são chamados gastos de capital.
- As transferências de renda que
o governo realiza são as transferências de renda para quem no momento não está
recebendo uma renda qualquer. Como
exemplo, paga a aposentadoria de quem já não tem idade para trabalhar mais,
outros exemplos temos o seguro desemprego, o bolsa família, o bolsa escola...
- Se os gastos totais do governo
são maiores que o total de arrecadação, o país apresenta déficit nas contas do governo, e haverá a necessidade de
financiamento do setor público (NFSP). O
governo, nessa situação, precisa arrumar formas para cobrir o déficit, como lançar
títulos da dívida, ou pegar empréstimos. Como ele é o único fabricante de moeda que
circula no país, ele pode emitir moeda para fechar suas contas (o que
necessariamente, não geraria inflação).
- NFSP nominal (necessidade de financiamento do setor público
nominal): é a NFSP levando em conta o pagamento com juros nominais, ou seja,
inclui o ganho real mais a parte referente à inflação.
- NFSP nominal: as contas do governo serão as receitas com
os tributos e taxas, os gastos com despesas não-financeiras mais os gastos com
despesas financeiras (pagamento dos juros).
A parte referente à emissão de moeda não paga juros.
- Quase sempre a taxa de juros
oferecida pelo governo é superior à inflação.
A taxa de juros total, isto é, levando em conta a inflação, é chamada taxa de juros nominal. A taxa de juros, excluindo-se a inflação,
chama-se taxa de juros real. → i =
r + Π onde taxa nominal de juros é igual
a taxa de juros real mais inflação.
- Quando o governo contabiliza o
seu resultado considerando os juros pagos calculados com a taxa de juros
nominal temos a NFSP nominal. Quando contabiliza seu resultado considerando
o pagamento de juros reais, temos a NFSP
operacional.
- NFSP primária, conhecida também como superávit
primário do governo: É quando as
contas públicas são contabilizadas excluindo as despesas financeiras, isto é,
não leva em conta o pagamento de juros (nem reais nem nominais).
- NFSP nominal = Receitas – Gastos – Juros Nominais
- NFSP operacional = Receitas – Gastos – Juros Reais
- NFSP primária = Receitas – Gastos
- Ultimamente o Brasil tem feito
uma redistribuição de renda do trabalhador para o sistema financeiro. Ele está realizando uma função distributiva,
mas no sentido contrário, tirando do pobre e transferindo para o rico.
- Funções econômicas do governo: função alocativa
(prover os chamados bens públicos); função distributiva (distribuir a
renda de forma que a sociedade considere justa); e função estabilizadora
(buscar baixo nível de desemprego e nível de preços controlado).
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